quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Nakata explica seu estranho fim de carreira e mostra que é um sujeito sensacional


Hidetoshi Nakata se aposentou como um dos maiores jogadores japoneses da história. O meia foi o craque da seleção nipônica em três Copas do Mundo, além de ter disputado duas Olimpíadas e três Copa das Confederações. Mais do que isso, foi o primeiro jogador do país a fazer sucesso na Europa, campeão italiano pela Roma e também ídolo no Perugia e no Parma. Não à toa, o meia foi indicado três vezes à Bola de Ouro e quatro vezes ao prêmio de Melhor do Mundo da Fifa.

Só que Nakata optou por encerrar a carreira cedo. Aos 29 anos, logo a eliminação na Copa de 2006, na derrota por 4 a 1 para o Brasil, o ídolo japonês pendurava as chuteiras sem ter um grande motivo aparente. Foi seco nas palavras ao explicar a posição, afirmando apenas que já tinha decidido meses antes. Um assunto sobre o qual demorou a se abrir. Somente agora, em entrevista à TMW Magazine, é que revelou suas principais razões.

“Dia após dia, eu percebia que o futebol tinha se tornado apenas um grande negócio. Eu podia sentir que o time estava jogando apenas por dinheiro, não pelo gosto de se divertir. Eu sempre senti que a equipe era como uma grande família, mas já não era mais assim. Eu estava triste. Por isso que parei com apenas 29 anos. Se eu pensei em voltar atrás? A todo o tempo e, ainda penso nisso, aos 37 anos. Mas, quando parei, era uma decisão definitiva”, afirmou à edição de janeiro da revista.

Observando a vida de Nakata após seu adeus, tudo passa a fazer bem mais sentido. O ex-jogador saiu viajando sozinho pelo mundo, conhecendo diversos países pobres da América do Sul, da África e da Ásia. Chegou a visitar até mesmo um campo de refugiados na fronteira do Iraque e nunca se recusou a jogar futebol com qualquer criança que lhe pedisse.

“Quando eu era jogador, viajei muito, mas só vi hotéis, estádios, aeroportos. Queria ir sozinho para descobrir os países e as pessoas que me fascinam. Quero ver o mundo com meus olhos, não pela TV ou pelos jornais. As pessoas têm medo dos lugares que fui, porque não sabem que, além da guerra, existem povos estupendos. Se viajassem mais, existiriam menos idiotas preconceituosos”, afirmou em 2008, em entrevista ao L’Equipe. “Esta volta ao mundo serve para eu descobrir qual o meu papel e como, na minha pequenez, posso ser útil ao mundo”.

“Eu sou um cara simples e não quero que me vejam como um jogador de futebol. Quando me reconhecem, explico que apenas sou um cidadão em busca de novos horizontes. Mas continuo jogando em qualquer lugar pelo qual eu passe. Sinto a mesma paixão de quando tinha dez anos. Para mim, é tão agradável jogar descalço na rua quanto em um estádio. E, depois, jogar uma pelada é a melhor maneira de se fazer amigos, descobrir o mundo real. O futebol é um esporte incrível, praticado e amado em todos os lugares que eu visitei”, complementou.

Quando era menino, Nakata passou a sonhar em se tornar jogador assistindo ao desenho Supercampeões – algo que ele revelou quando ainda jogava, em entrevista ao jornal The Sunday Times. Porém, a vida nem sempre é como nos desenhos animados. E, por mais que o ídolo tenha sido para muitos japoneses a imagem mais próxima de Tsubasa, suas palavras após a aposentadoria revelam como seu choque de realidade foi gigantesco. Algo que lhe fez muito bem.


Fonte: Leandro Stein (www.trivela.com.br)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Botafogo Futebol 7 se apresenta para a temporada 2014


O Botafogo se apresentou para a temporada de 2014 na noite desta segunda-feira (06), na sala de imprensa jornalista Armando Nogueira, em General Severiano. Os dirigentes alvinegros falaram sobre a nova parceria da modalidade com a empresa PCD Sports, além de divulgar todo o calendário de pré-temporada com a possibilidade de ser realizada em Friburgo.

A equipe principal terá Diogo Durão como treinador e contará com boa parte dos jogadores que atuavam no rival (Fluminense) na temporada passada. Além disso, o Glorioso realizará uma peneira para buscar novos talentos, hoje no Aterro do Flamengo (Campo 8), às 21:00.

O diretor de Futebol 7 do Botafogo - Eduardo Semblano se mostrou feliz na nova casa e espera muito trabalho para 2014:

- A gente montou a parceria em poucos dias, logo após alguns acontecimentos. Estou muito feliz no Botafogo, muito mesmo, e com certeza é o clube que tem maior integração na modalidade, em que o presidente Maurício Assumpção e sua diretoria acompanham tudo. A gente tem tudo para fazer um grande trabalho, estamos com algumas parceiras para serem explicitadas esses dias. Se Deus quiser vai ser um 2014 de muito trabalho e de muitos títulos.


E já pela manhã o Departamento de Futebol 7 anunciou através de sua assessoria de imprensa pelas redes sociais a parceria com a Academia Evidence, o Botafogo fará seus treinamentos e tratamentos específicos em suas dependências, oferecendo aos atletas e comissão técnica muita estrutura e qualidade de uma das melhores academias do Rio de Janeiro.

"Venho agradecer a todos da Academia Evidence por ser nosso parceiro nesta Temporada 2014. Teremos muito trabalho pela frente, mais nada que nos assuste, estamos focados e com profissionais qualificados em todas as áreas. o trabalho dentro e fora do Clube já está bem consolidado, agora é manter o padrão e crescer ainda mais.", comentou o Diretor Geral - Bruno Serôa

Além da parceria com a Academia Evidence, o Departamento está em negociação com uma marca de roupas para patrocinar 3 atletas do próprio elenco principal e outras ações conjuntas. 

A equipe de General Severiano volta aos treinamentos nesta quarta-feira (08), no campo sintético da Sede de General Severiano, às 21:00 se preparando para as primeiras disputas de 2014.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Jean Chera, o "Novo Messi" se perdeu (recado aos pais de jovens e promissores atletas)


De Belo Horizonte, veio a notícia rotineira.

Jean Chera acaba de ser dispensado do Cruzeiro.

O clube não o quis utilizar nem na Copa São Paulo.

Nem como reserva.

A diretoria abriu mão do jogador de 18 anos sem drama na consciência.

Santos, Genoa, Flamengo e Atlético Paranaense fizeram a mesma coisa.

A avaliação foi no igual caminho.

Os dirigentes acreditam que ele foi mimado demais na adolescência.

Seu talento fora do comum na meninice acabou por contaminar seu maior incentivador.

A empolgação do pai, Celso Chera, é acusada de ter atrapalhado o filho.

Jean foi descoberto no Mato Grosso.

Seu talento com a bola na perna esquerda era impressionante.

Lembrava muito Messi quando era menino.

Logo foi levado para o Santos.

Os sonhos eram imensos.

Seria o novo substituto de Diego, de Ganso, de Neymar.

A assessoria do clube também tratou de espalhar a notícia.

Enviava às televisões vídeos do menino barbarizando no Mato Grosso.

Encantados, repórteres faziam fila na Vila Belmiro para entrevistá-lo.

Ele tinha um tratamento de rei.

Antes mesmo de virar profissional, recebia R$ 25 mil mensais.

Aluguel e escola particular pagos pelo clube.

Tietes o perseguiam.

Cansou de fazer matérias para revistas e jornais.

Todos tinham certeza que estavam em contato com um novo fenômeno.

Tanto que, segundo seu pai e empresário, ofertas não faltavam.

Clubes da Inglaterra, Itália, Espanha e Holanda sonhavam com Chera.

E ele se comportava como jogador especial.

Não se importava de esquecer da modéstia.

Falava abertamente em disputar a Copa do Mundo de 2014, com 18 anos.

A Umbro até personificou a chuteira que usava, com seu nome.


Mal sabia ele tudo que enfrentaria nos três anos seguintes.

Na Vila Belmiro, a badalação lhe teria feito muito mal.

Ele se limitava a querer a bola nos pés.

Deixou de ser um jogador participativo.

Seu rendimento físico era abaixo do exigido.

Jogadores menos talentosos porém mais bem preparados o anulavam.

A situação logo chamou a atenção da direção do clube.

Justo na época mais delicada.

A assinatura do primeiro contrato.

Jean Chera chegava a ter tanta atenção quanto Neymar.

Mas ao contrário do então companheiro, seu futebol ia caindo ao subir de categoria.

Ao chegar ao sub-17 do Santos foi para a reserva.

Seu pai ficou revoltado.

Não aceitava as explicações de que era um período de adaptação.

Chegou até a tirar o filho de uma partida ao vê-lo no banco.

Os dirigentes santistas chegaram a proibir que acompanhasse jogos do filho.

Revoltado, Celso discutiu, reclamou de perseguição ao filho.

Os treinadores se defendiam.

Diziam que Jean os deixavam de obedecer ao ver o pai.

Parava de correr e exigia a bola no pé, por ser o 'craque do time'.

Aí veio a conversa sobre o primeiro contrato profissional.

Segundo o Santos, a pedida foi absurda.

R$ 130 mil para um contrato de três anos.

E R$ 1 milhão de luvas.

Celso rebateu dizendo que pedira R$ 75 mil no primeiro ano.

R$ 100 mil no segundo e R$ 130 mil apenas no terceiro.

E mais a luva de R$ 1 milhão.

O Santos não aceitou, mas esperava nova conversa.

Não houve.

O jogador simplesmente pegou todas suas coisas.

E pelo twitter anunciou que não era mais jogador do Santos.

Fonte: Cosme Rímoli - Portal R7